Proteger dados pessoais e financeiros é essencial para a atividade bancária
Você já teve dados vazados em algum site ou da sua conta bancária? Se sim, essa foi, talvez, a primeira experiência que você teve com o tema central deste texto: a privacidade. A proteção de informações pessoais é cada vez mais desafiadora, e episódios como esse servem como um alerta sobre a importância de entender e cuidar dos nossos dados on-line.
Em nenhum setor, a questão da privacidade é mais forte do que no setor bancário. Afinal, os bancos guardam informações sigilosas que queremos deixar longe dos olhos de outras pessoas. E após um vazamento de dados, fica sempre a dúvida: “Posso confiar nesse banco para deixar meus dados seguros?”.
Felizmente, tecnologias como a blockchain estão promovendo formas de manter a proteção dos seus dados. Redes como a Monero e a BEAMX incluem ferramentas que aumentam a privacidade das transações, protegendo a identidade dos usuários. Hoje, vamos conferir como a blockchain pode ser uma grande aliada na proteção de dados.
O que é a blockchain?
Criada junto com o lançamento do Bitcoin, em 2009, a blockchain é a rede que executa todas as transações da criptomoeda. Toda vez que alguém envia ou recebe Bitcoin, essa transação fica registrada na blockchain, no formato de uma “lista”.
Essa lista se assemelha a um livro-razão, por isso a blockchain também recebe o título de “livro-razão digital”. Assim, todas as transações da rede são distribuídas em formato de lista.
Ao clicar em cada um dos blocos, você consegue ver detalhes de todas as transações, incluindo informações como:
- Hora e data da transação;
- Valor (em BTC ou outra criptomoeda);
- Endereço de quem recebeu;
- Endereço de quem enviou.
Segurança com privacidade
Você não precisa entender de tecnologia ou ser desenvolvedor para visualizar essas informações. Basta acessar um explorador de blocos para conseguir olhar cada informação. Isso permite o acesso de forma simples, independentemente de seu nível de habilidade, para acompanhar e analisar as informações com facilidade.
Nesse sentido, as blockchains não são exatamente uma ferramenta sigilosa, pois qualquer pessoa consegue verificar todas as transações. Contudo, você também percebeu que não é possível verificar nenhum dado pessoal? As transações não têm nomes, CPF, endereços ou qualquer outro dado sensível.
Isso acontece porque a blockchain atua como um livro de contabilidade não centralizado, o qual é acessado por todos os participantes da rede. Mas não é possível saber diretamente quem fez cada transação, nem quais os dados da pessoa.
Além disso, todas as transações efetuadas na blockchain são autenticadas pelos participantes que compõem a rede e, posteriormente, são guardadas de forma transparente e, principalmente, segura. Não é possível fraudar nem copiar nenhuma informação, de modo que nem você nem qualquer outra pessoa consegue alterar os registros nos blocos.
Conformidade
Dessa forma, a blockchain pode contribuir para que as empresas consigam se adequar às regras impostas pela LGPD. Um exemplo disso é o seu uso na criação de sistemas de registro seguro, que estejam à prova de vazamento de dados, algo exigido por essa lei.
Ao mesmo tempo, a blockchain também pode servir para criar provas imutáveis e garantir-se como à prova de fraude em processos. Isso já acontece no Brasil, em que, desde 2018, há precedentes para o uso de autenticação digital de evidências jurídicas, incluindo o registro de provas em blockchain.
Por fim, a blockchain é a ferramenta ideal para criar sistemas de autenticação de identidade, permitindo que os indivíduos controlem quem tem acesso às informações. Tal sistema possibilita que você possa manter o sigilo dos seus dados ainda mais seguro, limitando o acesso a qualquer entidade que não tenha autorização à prova de fraudes ou de qualquer manipulação.