Apesar da praticidade, comprar pela internet exige atenção redobrada a sinais de risco, como páginas falsas, promoções suspeitas e conexões inseguras.
Seja para comprar um produto, contratar um serviço ou assinar um conteúdo, as transações online se tornaram parte do dia a dia de muitos consumidores. Ao mesmo tempo, essa comodidade trouxe desafios: a exposição a riscos cibernéticos aumentou, exigindo mais atenção no momento de fornecer dados pessoais e bancários.
Nesse âmbito, a segurança nas transações deixou de ser um pormenor técnico para se tornar imprescindível. Muitos problemas podem ser evitados com atitudes simples: criar senhas seguras, ativar recursos como a autenticação de dois fatores e optar por plataformas confiáveis são medidas acessíveis que fazem diferença.
Além disso, novas tecnologias têm evoluído para oferecer soluções práticas e seguras ao mesmo tempo, como o uso de links de pagamento, que permitem concluir a compra sem expor diretamente os dados bancários. Por isso, adotar hábitos digitais mais conscientes é fundamental para reduzir os riscos.
Priorize plataformas com camadas extras de segurança
Antes de concluir uma compra, é aconselhável verificar se o sistema utilizado opções de proteção extra, como a autenticação em duas etapas. Este recurso exige uma segunda verificação para além da palavra-passe, como um código enviado por SMS ou por aplicativo, o que dificulta o acesso malicioso mesmo que a palavra-passe principal seja descoberta.
A boa notícia é que muitos serviços já trazem esse tipo de autenticação de forma integrada. Ou seja, basta ativar a função nas configurações da conta para garantir mais uma barreira de proteção. Embora possa parecer um detalhe, esta prática tem um grande impacto na mitigação de fraudes.
Evite realizar transações em redes públicas
Apesar de convenientes, redes Wi-Fi abertas, como as disponíveis em cafés, shoppings ou aeroportos, oferecem pouca ou nenhuma proteção. Nessas conexões, é mais fácil que terceiros interceptem informações trocadas entre o dispositivo e o site acessado.
Por isso, é sempre mais seguro utilizar redes privadas, como a de casa ou de um local de confiança. Em situações em que o acesso à internet pública é inevitável, o ideal é evitar digitar dados sensíveis e preferir o uso de redes móveis. Outra opção é usar uma VPN confiável, que ajuda a proteger a navegação.
Observe se o site possui protocolo HTTPS
Um dos primeiros sinais de que um site é confiável aparece na barra de endereços do navegador. O protocolo HTTPS indica que a comunicação entre o site e o usuário é criptografada, e é identificado pelo cadeado ao lado da URL
Mesmo que seja um detalhe visual simples, a ausência desse protocolo pode indicar que o site não adota padrões básicos de segurança. Portanto, se a página não tiver HTTPS ou apresentar alertas do navegador, é melhor buscar outra opção para realizar a compra.
Crie senhas fortes e nunca reutilize as mesmas
Senhas fracas continuam sendo uma das causas mais comuns de invasões. Combinações simples, como datas de nascimento ou sequências numéricas, são facilmente adivinhadas por programas maliciosos.
Além disso, repetir a mesma senha em vários serviços amplia o risco: basta que uma delas seja comprometida para que outras contas também fiquem vulneráveis. O ideal é optar por senhas longas, que devem conter uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos. Para quem tem dificuldade em lembrar tantas combinações diferentes, os gerenciadores de senhas surgem como uma solução prática e segura.
Dê preferência a métodos de pagamento protegidos
Nem todos os meios de pagamento oferecem o mesmo nível de proteção. As carteiras digitais, por exemplo, funcionam como intermediárias e dificultam o acesso direto aos dados bancários do comprador. Além disso, plataformas conhecidas costumam ter políticas de reembolso em caso de problemas com a transação.
Pagamentos diretos por transferência, especialmente fora de plataformas oficiais, expõem o usuário a riscos maiores. Por isso, sempre que possível, opte por métodos que garantam algum tipo de mediação entre comprador e vendedor.
Como identificar sinais de fraude durante a navegação?
Golpistas utilizam diversas estratégias para enganar o consumidor. E-mails com links suspeitos, pop-ups que imitam ofertas e sites falsos com aparência profissional são algumas armadilhas comuns. Muitas vezes, essas páginas copiam o visual de empresas conhecidas para passar confiança.
O melhor caminho é sempre desconfiar de promoções muito vantajosas e verificar com cuidado o endereço do site. Um pequeno erro de digitação na URL pode indicar que se trata de uma versão falsa. Além disso, evite clicar em links enviados por mensagens desconhecidas ou que direcionem para páginas estranhas.
Em complemento das medidas já mencionadas, é importante ficar atento às atualizações dos aplicativos e sistemas operacionais utilizados. Adiar essas atualizações pode deixar o dispositivo vulnerável a ataques já conhecidos. Por isso, manter tudo em dia é mais uma forma simples e eficaz de proteger suas transações.