Veja como variadas opções podem fazer toda a diferença na degustação da bebida
O café é uma das bebidas mais populares do mundo, oferecendo várias classificações que incluem a espécie do grão, o terroir e os processos de colheita e processamento.
Quem deseja fazer uma coleção de café em casa, pode conhecer as principais categorias e descobrir as diferenças entre as espécies mais conhecidas neste artigo.
Tipos de café e suas classificações
No Brasil, os cafés são classificados pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) de acordo com uma avaliação sensorial rigorosa que leva em conta fatores como aroma, sabor, corpo e uniformidade.
Eles são agrupados em categorias de acordo com a nota recebida na avaliação sensorial. Opções que recebem nota igual ou superior a 80 são consideradas “Especial”, apresentando sabores e aromas complexos e equilibrados.
Os que recebem notas entre 70 e 80 também são considerados de boa qualidade, com sabores e aromas mais intensos do que os demais, classificados como “Gourmet”. Ainda, os cafés que recebem notas entre 60 e 70 possuem um padrão de qualidade satisfatório, por isso são chamados como “Superior”.
Por fim, aqueles que recebem nota inferior a 60 têm um sabor mais simples e um padrão básico de qualidade, sendo classificados como “Tradicional/Extraforte”.
Principais espécies de café
A Arábica (Coffea arabica) é a espécie mais cultivada no mundo, acima de 800 metros de altitude, representando a maior parte da produção global de cafés especiais. Ela se destaca por sua qualidade superior, oferecendo sabores mais suaves e doçura natural. As variações da Arábica, como Bourbon, Catuaí, Typica e Geisha, influenciam diretamente o perfil de sabor da bebida.
Outra espécie é a Robusta (Coffea canephora), mais resistente a pragas e doenças, facilitando o cultivo em diversas regiões. Ela possui um sabor mais amargo e menos complexo, com notas terrosas e de nozes. Ela tem um alto teor de cafeína, cerca de duas vezes maior do que a anterior.
Já a Liberica (Coffea liberica) é cultivada principalmente em algumas regiões da África e da Ásia, apresentando grãos maiores e mais irregulares, conferindo um sabor amadeirado. Por fim, a Excelsa possui um perfil de acidez mais pronunciado, com notas frutadas e cítricas.
Como escolher um café especial?
Escolher um café especial exige considerar o sabor e a qualidade da bebida. Um deles é o Terroir, que é o conjunto de condições naturais que afetam o cultivo do café, como altitude, tipo de solo, clima e localização geográfica.
O processamento dos grãos também influencia. O processo via seca resulta em cafés mais doces e frutados. Já aqueles com processamento lavado têm a polpa do fruto removida antes da secagem, gerando uma bebida mais limpa, com acidez acentuada e notas mais vibrantes. O método intermediário preserva parte da mucilagem do fruto, resultando em um café equilibrado.
O nível de torra também define como os sabores e aromas do café serão realçados na xícara. A torra clara destaca a acidez e as notas sensoriais mais delicadas, sendo ideal para métodos filtrados.
Enquanto isso, a torra média oferece um equilíbrio entre acidez, doçura e corpo. Já a torra escura realça o amargor e o corpo, proporcionando uma bebida mais intensa, indicada para espressos e cafés com leite.
Métodos de preparo ideais para cada tipo de café
Após escolher o tipo de café, é fundamental optar por um método de preparo que realce as características do grão escolhido, proporcionando uma experiência sensorial completa. Veja os principais.
- Chemex: ideal para cafés Arábica de torra clara, relacionado a acidez e as notas florais.
- Prensa francesa: perfeita para cafés Arábica, Robusta e Excelsa de torra média ou escura, extraindo um café encorpado, com maior intensidade e notas achocolatadas.
- Aeropress: adequada para cafés Arábica, Robusta e Excelsa, dependendo da torra e da moagem, proporcionando uma bebida rica, com boa acidez e corpo.
- Espresso: opção mais adequada para Robusta ou Arábica de torra escura, criando uma bebida concentrada, com corpo denso e cremosidade.
- Cafeteira Italiana (Moka): ideal para cafés Robusta ou Arábica de torra média a escura, produzindo um café forte e encorpado, com notas mais intensas.
- Café filtrado tradicional: funciona bem para Arábica, Excelsa e Libérica, realçando o dulçor e as notas terrosas ou frutadas, dependendo da espécie.
Como montar uma coleção de café em casa?
Criar uma coleção de café em casa é uma ótima oportunidade para explorar a rica diversidade de sabores, aromas e intensidades que essa bebida pode oferecer. Você pode selecionar grãos de diferentes espécies, regiões produtoras e métodos de processamento.
Além disso, você precisa armazená-los corretamente, em recipientes herméticos e protegidos da umidade e da luz. Também experimente torrefação e moagem diferentes, ajustando cada opção ao método de preparo ideal para destacar suas melhores características.
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